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segunda-feira, 4 de abril de 2011

VALORES HISTÓRICOS NO FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS



Os bancos financiaram em 2010, com recursos da caderneta de poupança e do FGTS, a aquisição e a construção de mais de 1 milhão de imóveis, uma marca histórica para o financiamento imobiliário.
 Ao todo, as operações de crédito chegaram a R$ 83,1 bilhões, 67% a mais do que em 2009. O valor médio financiado subiu para R$ 133 mil, 18,8% acima dos R$ 112 mil registrados no ano anterior.
 O FGTS financiou a compra ou construção de 631 mil imóveis, um crescimento de 72%. Já os recursos da poupança financiaram a compra de 421,4 mil imóveis, sendo que o valor dos financiamentos feitos com estes recursos cresceu 65%, um novo recorde, que representa R$ 56,2 bilhões em empréstimos.
 O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) realizou R$ 6,16 bilhões em operações só em dezembro de 2010, R$ 1 bilhão a mais do que no mês anterior, possibilitando a comercialização de 43,5 mil unidades. O saldo das cadernetas também atingiu valor histórico, tendo, em dezembro, R$ 299,9 bilhões depositados.

Para 2011, a expectativa da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que divulgou estes dados em fevereiro, é que os financiamentos com recursos da poupança somem R$ 85 bilhões, alta de 51%. Em relação ao número de unidades financiadas, a estimativa é de elevação de 28%, ou seja, 540 mil unidades.
Se considerados ainda os recursos do FGTS, cujo orçamento é de US$ 23 bilhões para 2011, o total poderá alcançar R$ 108 bilhões. Para a entidade, o crescimento da economia, o aumento da renda dos trabalhadores e a queda do desemprego em 2010 foram os grandes responsáveis pelos exorbitantes resultados. O aumento nos preços dos aluguéis e a expansão do crédito imobiliário também contribuíram para concretizar o sonho da casa própria.

Porém, esta demanda já ameaça o sistema de financiamento. Os recursos das cadernetas de poupança e do FGTS serão insuficientes, em três ou quatro anos, para o Sistema Financeiro Nacional manter o ritmo crescente de investimentos em novas moradias, alerta o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). As entidades envolvidas avaliam que é necessário procurar saídas e uma das propostas é o governo permitir que as instituições financeiras emitam títulos para captar recursos específicos para o financiamento imobiliário.
A Abecip garante que a redução dos impostos pode baratear essa modalidade de crédito e que o governo está buscando soluções.